sexta-feira, 27 de março de 2009

Engenharia não é uma ciência exata


Aqui está o mais puro exemplo de como temos, muitas vezes, de nos
adaptar a atitudes tomadas no passado:

A bitola das ferrovias (distância entre os dois trilhos) nos Estados
Unidos é de 4 pés e 8,5 polegadas.
Por que esse número "mágico" foi utilizado?
Porque era esta a bitola das ferrovias inglesas e como as americanas
foram construídas pelos ingleses, esta foi a medida utilizada.
Por que os ingleses usavam esta medida?
Porque as empresas inglesas que construíam os vagões eram as mesmas que
construíam as carroças, antes das ferrovias, e se utilizavam dos mesmos
ferramentais das carroças.
Por que das medidas (4 pés e 8,5 polegadas) para as carroças?
Porque a distância entre as rodas das carroças deveria servir para as
estradas antigas da Europa, que tinham esta medida.
E por que tinham esta medida?
Porque essas estradas foram abertas pelo antigo Império Romano, quando
de suas conquistas, e tinham as medidas baseadas nas antigas bigas
romanas.
E por que as medidas das bigas foram definidas assim?
Porque foram feitas para acomodar dois traseiros de cavalos!
E, finalmente...
O ônibus espacial americano, o Space Shuttle, utiliza dois tanques de
combustível sólido (SRB - Solid Rocket Booster) que são fabricados pela
Thiokol, em Utah. Os engenheiros que os projetaram queriam fazê-lo mais
largo, porém, tinham a limitação dos túneis das ferrovias por onde eles
seriam transportados, os quais tinham suas medidas baseadas na bitola da
linha.

Conclusão:
O exemplo mais avançado da engenharia mundial em design e tecnologia
acaba sendo afetado pelo tamanho da bunda do cavalo da Roma antiga.

Corolário:
Existem várias empresas de liderança tecnológica que também tem um monte
de coisas definidas por bundões...

1 Pessoas comentaram:

Mauro Bartolomeu disse...

Pô, que joia! Fiquei desbundado com essa!

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